Violência escolar
Na última década a violência nas escolas tem preocupado o poder público e toda sociedade, principalmente, pela forma como esta tem se configurado. O conflito e violência sempre existiram e sempre existirão, principalmente, na escola, que é um ambiente social em que os jovens estão experimentando, isto é, estão aprendendo a conviver com as diferenças, a viver em sociedade.
O grande problema é que a violência tem se tornado
em proporções inaceitáveis. Os professores estão angustiados, com medo, nunca
se sabe o que pode acontecer no cotidiano escolar; os pais, preocupados. Não é
raro os jornais noticiarem situações de violência nas escolas, as mais
perversas.
Muitas crianças e adolescente passam por
violências, e ficam calados algumas delas não têm coragem de revelar, outras,
por medo da retaliação do agressor. Essa violência entre colegas não é a única.
A violência entre professores e alunos também tem crescido. Assustadoramente, a
violência de alunos contra professores é a regra agora, e não mais o oposto. A
violência não contra um ou outro, mas contra a escola mesmo, em todos os
sentidos e modos, também tem aumentado.
A mediação de conflitos é importante, necessária, e
muitos problemas são resolvidos, mas, muitas vezes, não basta. Junto com a
mediação, infelizmente, tem que haver a punição. Para resolver, de fato, é
preciso sair da mera indignação moral baseada em emoções passageiras, que
tantos acham magnífico expor. Aqueles que expõem suas emoções se mostram como
pessoas sensíveis, bondosas, creem-se como antecipadamente capacitados porque
emotivos. Porém, não basta. As emoções em relação à violência na escola passam
e tudo continua como antes.
Podemos classificar inúmeras questões que levam a
violência para o ambiente escolar. Por exemplo, os mais gerais: diferenças
sociais, culturais, psicológicas, etc. e tantas outras como: experiências de
frustrações, diferenças de personalidades, competição, etc. Somente através do
dialogo aliado a práxis efetiva é que poderemos amenizar o grau de violência no
interior das escolas.
A não aceitação das diferenças, também,
perpassa pela escola como instituição, com seus próprios professores,
funcionários e com os próprios alunos. Essa uniformização, isto é, uniformizar
o diferente, é feita com violência em todos os casos. E esse comportamento
institucional, gera violência.
A escola é o primeiro ambiente social que a criança
experimenta, antes disso, ou seja, na socialização primária se restringe a
família, igrejas, vizinhos, enfim, um circuito bastante restrito. É na escola,
aonde ele vai, realmente, experimentar um ambiente social lá ele vai aprender a
conviver com as diferenças e constituir um ser para si. Esse ser é para a
sociedade.
Por isso, a urgência que se tornou essencial hoje e
que muitos não percebem, é tratar a violência na escola como um trabalho de
lucidez quanto ao que estamos fazendo com nosso presente, mas, sobretudo, com o
que nele se planta e define o rumo futuro.
Dias melhores!
ResponderExcluirVivemos esperando dias melhores, melhores no amor, melhores dor ... melhores em tudo!
Prof. Helen